domingo, 16 de julho de 2017

Apenas para relaxar de um assunto pesado. Amanhã continuo.

Charlie, Sam & Patrick " Heroes" - The Perks of Being a Wallflower.



Uma sociedade infeliz: meu sócio que não suporto.

Sou programador. Há 2 anos atrás fui procurado por um sujeito bom de papo, e com uma referência de uma pessoa que até então respeitava. Para desenvolver um aplicativo móvel. Ao que ele me contou do projeto era simples. Passei orçamento, ele vinha todos os dias na hora do almoço conversar. Não tinha dinheiro pra me pagar, contou quem era o parceiro dele na empreitada, este que falei que era uma boa referencia para mim.

Acabou me chamando para ser sócio. Nesta época, já com o país em recessão, só recebia este tipo de proposta de sociedade ao invés de ser pago pelo serviço. Acabei aceitando, por ser o que já queria trabalhar: aplicativos móveis.

Detalhe: ele não tinha ideia nenhuma da complexidade do que realmente ele queria. Na verdade nem sabia da complexidade. Eu por minha parte achei que era apenas o que ele tinha me falado. Na análise do sistema e conversando com o outro sócio, o sistema era completamente outro e muito mais complexo. E vai tentar explicar isso, para quem não faz planejamento. E ainda diz que fez um modelo canvas. Quando olhei o modelo dele, não tinha nada a ver com o original. Nem completo estava. E até hoje não está e nem fez o planejamento neste tempo todo.

Quando vi o que realmente era. Dei o prazo novo. O sujeito pirou. Quase deu escândalo. Mas sem dinheiro, continuou comigo - infelizmente(?).

Detalhe da sociedade: eu com 20%, e os outros dois ambos com 40%. Okay, lá vamos nós!

O tempo foi passando e fui descobrindo a personalidade deste que entrou em contato comigo: já havia aberto outras empresas e falido (até ai, tudo bem, é melhor alguém com a experiência de ter falido, do que aquele sem experiência nenhuma no empreendedorismo). Mas vai além, é advogado com OAB, desistiu da profissão "por não gostar", em menos de 1 ano de profissão. Filho de médico, foi mimado até aos 17 anos, quando o pai faleceu e teve uma mudança brusca. É sustentado, desde antes do projeto, pelos irmãos (sendo um médico), a mãe e este outro sócio que é amigo de infância dele. Há, sim, e pela mulher também. 

Antes tentava ser compositor. Sempre sonhador, nunca um executor. Não sabe fazer nada. Tem dificuldades em fazer qualquer coisa. Tem preguiça. Alcoólatra e um chato ainda maior quando bêbado. É brigado com a cidade inteira, não como advogado, como ele mesmo, sua personalidade.

Tenta ajudar no projeto, mas só atrapalha. Acha que desenvolver um software é como fritar um pastel, e fica me vigiando, sentando do meu lado, cantarolando alto, "sem perceber". Já danei várias vezes sobre isso, dá um tempo mas sempre volta. Isso por um ano e meio. Imagina!

O projeto está pronto. Falta questão de infra-estrutura. Hospedagem que suporte pelo menos 250 conexões simultâneas ao aplicativo. Indiquei a Amazon, e só nos testes da Amazon levaram um susto de 600 dólares e ficaram com medo. 

Já disse que sou um desenvolvedor e que não entendo nada de infra estrutura, somente o básico para colocar os softwares em produção. Que sempre trabalhei com quem já tivesse a infra ou contratasse a infra. Cada um na sua área de atuação: ou sou programador, ou sou técnico de redes, especialista, sei lá. Ambos é impossível. Falei isso, aliás, desde o começo.

Mas ambos insistem em contratar servidores onde eu tenho que configurar toda infra do zero. E me recuso. E não param de tentar a me obrigar. E não paro de me recusar. Vão me pagar um curso de infra-estrutura e esperar aprender pra fazer? Não vão, é claro. Além disso não é meu objetivo: odeio infra. Não é pra mim. Contrataram enfim, um servidor cloud dedicado, com gerenciamento pela empresa, ufa! Mas não bem assim, este primeiro, um quebrado como eu, não queria esperar a migração de um servidor compartilhado para um dedicado (quer lançar o aplicativo de qualquer jeito, está precisando do dinheiro e acha que ficará milionário da noite para o dia com o aplicativo) e ficava amolando tanto a mim, quanto ao outro sócio com dinheiro. Resultado: lá vai o outro sócio, novamente, contratar outro servidor e tentar ele mesmo configurar tudo, me amolando de 10 em 10 minutos, mesmo insistindo que eu não sei nada. Só o básico de colocar para rodar em um ambiente já configurado.  Mas ele foi, um final de semana inteiro tentando configurar com tutoriais da internet e achando que tinha conseguido, fui mostrar a ele que não. Que nada funcionava como deveria e a segurança estava uma merda. Qualquer criança que saiba o mínimo de linux acessaria tudo. Além da performance das configurações, as limitações de configurações e as dificuldades de futuras atualizações do aplicativo. 

Enfim, convencido, vão esperar. Mas isso é recente. Durante o processo de desenvolvimento houve muitas, mas muitas chateações por parte deste primeiro sócio que me fazia pensar: é isso mesmo que quero? Ainda gosto de programar? Vou querer esta sociedade? 

Vejam as perspectivas:

1. O primeiro sócio, ficar vindo me vigiar. Ficar sentado do meu lado me olhando, cantarolando?
2. Vir na minha hora de almoço, quando eu deveria estar descanando, vir sonhar com algo que não está pronto, ou reclamar da demora tirando minha energia, deixando irritado?
3. Chegar ao ponto, de quando ele vir aqui me vigiar, eu me levantar e fazer qualquer outra coisa menos trabalhar, e avisar: sempre que você vier aqui não vou fazer nada. E continuar vindo e achar ruim. 
4. Chegar ao ponto de pedir ao outro sócio para que este pare de me incomodar. 
5. Chegamos ao final do projeto, já testamos, falta só a maldita infra estrutura. Um chat ao vivo no site é fundamental para atender clientes. O cara não quer ficar no chat, quer só os bons frutos. 
6. Não redigiu um contrato, teve que contratar outro, mesmo sendo ele advogado.
7. É um invejoso, vive falando mal dos outros.
8. Na tentativa desesperada, de muitas vezes, ele me encher o saco querendo ajudar(?), inventava coisas INÚTEIS para ele fazer, porque as coisas úteis, como planejamento, fazer o canvas direito, redigir um contrato, ele não queria fazer, queria "me ajudar", sendo que ele não é programador e não entende nada do assunto.
9. Tinha dias de eu sair e deixar ele aqui e não voltar. De ódio. 

Tenho um medo, enorme, de quando a empresa estiver rodando ele cruzar os braços, dizer que é o "cara das ideias" (ele já fez isso várias vezes) e não querer fazer nada. E o outro sócio, amigo de infância, passar as mãos na cabeça dele e contratar alguém só para o atendimento. 

Neste período, não fez planejamento nem de lançamento. 

O outro entendo: tem seus negócios, sua outra empresa, uma ong, tem negócios na europa. 

Esses dias, chegou ao ponto deste outro sócio querer ser sócio de tudo, não apenas do aplicativo, até das coisas do "melhor" amigo dele.

Às vezes tenho uma vontade enorme de abandonar tudo. Entregar tudo a eles e mandarem se foderem. Mas penso em todo o tempo perdido, nas raivas e que está pronto, falta só colocar no ar e começar a vender (a parte mais divertida). Mas, só quero ver o lançamento e ver como este primeiro sócio irá trabalhar, se for trabalhar, ou se ainda vai ser tudo em minhas costas, com um sujeito me vigiando e cantarolando. Vindo diariamente e sugando minha energia. Se isso acontecer. Não sei. Eles disseram que há planos para outros aplicativos. E já dei o alerta: só vou fazer outro aplicativo, se este der renda. Se não der renda, não farei nenhum outro com eles.

Ao mesmo tempo me lembro da Faculdade de publicidade que fiz, que na metade do caminho descobri que não era nada que queria. Mas fiquei pensando no que já tinha gasto e o tempo. E não larguei pra fazer algo com mais sentido, já que programo desde os 12 anos de idade e não larguei. Por não saber abandonar, pelo julgamento dos outros. Hoje percebo que podia sim ter largado e começado outro no lugar.

Até que ponto devemos insistir ou jogar tudo pro alto e mudar o rumo das coisas? Continuo com meus míseros 600,00 por estar dedicado a este projeto, esperando que o aplicativo faça sucesso. Mas será que com sócios assim fará sucesso? O aplicativo não tem nada de "criativo" como o primeiro sócio vive falando (o cara das ideias), é apenas um EU TAMBÉM com alguns diferenciais fáceis de serem copiados.

Plano B

Com o aplicativo pronto. Dependendo apenas da infra pronta. Ao mesmo tempo desesperado com minha ridícula renda atual e a incerteza do futuro, distribui meu currículo, para dar aulas ou no período noturno ou aos sábados. Porque não dá pra viver com 600,00 apenas, e esta incerteza enorme em relação ao futuro e se vou continuar nesta sociedade ou cair fora. Por enquanto fico, por falta de opção.

Espero começar a dar estas aulas logo, agora é Junho, férias, ficaram de entrar em contato para Agosto, volta das aulas. Ando desesperado por falta de dinheiro.

Também me cadastrei em sites de freelancers. Mas não contei a nenhum dos dois sócios esses meus planos Bs. Nem vou contar, só quando acontecer e vou pouco me importar com a opinião deles.

Que diferente do segundo sócio, não sou rico. E diferente do primeiro sócio, sempre ganhei meu próprio dinheiro, nunca passei por esta situação na vida, mesmo durante os períodos das chantagens. Nunca fui sustentado pelos outros. E esta situação me afinge.

Além destas rendas extras, ando pensando seriamente em mudar de profissão. Conheci, pela Fundação Estudar, pessoal do mercado financeiro (um tema que sempre gostei) que contaram que não há vida, é um inferno: mas se aposentam muito cedo (de 2 a 5 anos) com as bonificações que podem chegar a serem milionárias. Não é de hoje que ando pensando: não tenho nenhuma reserva financeira de curto ou longo prazo que me tranquilize e permita a liberdade. Se sou obrigado a suportar tantas coisas ganhando nada, posso muito bem aguentar ganhando muito e fazendo estas reservas, amando ou não o que faço. Já que atualmente: não amo o que faço. Então, qual a diferença?

Por isso, ando procurando também bolsas de estudo de MBA para entrar no mercado financeiro, uma vez que não tenho dinheiro para pagar um bom MBA. Mas quem disse que dão bolsas assim?

Também estou me inscrevendo na Conferência Na Prática de Empreendedorismo e Tecnologia, da mesma Fundação Estudar.

Em um país onde o número de desempregados atingiu 14 milhões entre fevereiro e Abril. As opções são muito escassas.

Bem, esta é minha vida atual: A verdade de um idiota. 

Perguntas poderosas(?) que tendo responder: Por que está infeliz? Seu ciclo nesta vaga ou na empresa encerrou?

Estou infeliz por diversos motivos:

1. A história recente que contei primeiro.
2. Minha renda hoje é de R$ 600,00, muito a baixo de um salário-mínimo de um aluguel de uma casa, que nem era pra ser meu. Que não permite fazer praticamente nada. Sair só uma vez por mês e olha lá. Na verdade, descontando os R$ 200,00 mensais que pago a um agiota, no período das chantagens, são 400,00.
3. Peguei um sistema enorme, sozinho, como o sujeito – parecia gente boa – a ideia era até boa, não tinha nenhum serviço em vista, todos queriam pagar com sociedade, aceitei este que dura mais ou menos um ano e meio. Este merece um detalhe especial.
4. Devendo muito e não ter a minima condição de pagar com estes míseros 600,00 mensais. Não dá nem pra fazer reserva financeira.
5. Não estou satisfeito nem com meus sócios, nem com meus amigos.
6. Não estou satisfeito com minha vida em geral.
7. Não poder fazer nada que desejo.
8. Não ter um namorado e ter medo de qual ter.

9. Sem perspectiva de um futuro. 


Está assim a quanto tempo?
Há 7 anos. 
Com exceção da renda de R$ 600,00 que fazem uns 2 anos. 

Se não estivesse onde está, onde gostaria de estar?
Cidade de São Paulo.

Por que estar lá traria felicidade?
Não traria a felicidade. Acho que nem mudaria nada. Não sei, não faço ideia, não parei para pensar direito a respeito. Mas novos ares, amigos, referências, novas possibilidades, oportunidades, liberdade. Que uma cidade pequena não oferecem. 

Quais são suas motivações? E o contrário, o que tira sua energia?

Não ando tendo motivações. Só o contrário.
Um sócio que é um preguiçoso, presunsoso. Que se acha o dono das ideias, mas de execução não faz nada. Outro que é o dono do dinheiro, que se acha inteligente, mas só vem com soluções ruins, que atrasam, que parece ter medo de arriscar.


Pessoas negativas, vindo a mim, e tirando ainda mais minhas energias (principalmente este primeiro sócio). 

Vou abrir uma seção dedicada a todo este processo. 

Quem você admira? Quais são para você os bons exemplos? Antiexemplos?

Eu tenho como exemplos:
1. Elon Musk da Tesla;
2. Ricardo Jordão;
3. Jorge Paulo Lemann.
4. Richard Branson.

Antiexemplos:

1. Meu sócio (sim, vou abrir um post novo só sobre o tema, mesmo).

Meu passado muito recente e um trauma: chantagem e sexualidade, não necessariamente nesta ordem.

Há uns 5 anos atrás, um conhecido atrás de um amigo, falou de um garoto que gostaria dele. Fui conhecer e comecei um flerte que nunca dava certo. Até que desisti, que vi que não era ‘meu tipo’ - com o tempo, vamos vendo. Porém era tarde.

Antes de mais nada, sempre gostei de garotos, desde que me lembro por gente.

Derrepente, este garoto que indicaram e que já não queria mais, começou a me ligar. E eu dispensando. Um dia chegou aqui em casa, querendo algo sexual, mas querendo filmar. Não aceitei de forma alguma.

Passou alguns dias, ele me liga com uma conversa mais apimentada e mal sabia que ele estava gravando a conversa.

Outro detalhe, eu sempre estive no armário, apesar de sempre ter alguém.

E ele começou a chantagear com esta gravação, dizendo que contaria para todo mundo, que faria escândalo, que se eu não fizesse o que ele pedisse iria expor e até me ameaçar com uma arma. Entrei em pânico. Um medo incontrolável, que mais tarde se desenvolveu como ansiedade generalizada, quase pânico. Comecei a tomar remédios antidepressivos e clonazepam. E pagava as chantagens.

Ligava quase que diariamente pedindo algo. Era intimidador. Às vezes não conseguia trabalhar para ir arrumar o que pedia. Às vezes dava tempo, as vezes não.

Quando contava que estava prestes a desistir e largar tudo e contar a todos, me ameaçava novamente com arma. Era um inferno.

Tentava contar aos amigos próximos, que até sabiam minha orientação sexual, mas eles não queriam saber de “coisas íntimas” e me cortavam antes de contar o que me aconteciam. O mais próximo chegava a brigar comigo.

Não tinha coragem de contar ao psiquiatra, por não conseguir enxergar um futuro ao qual estaria livre.

Durante este período entrei em um modo autodestrutivo. Meu humor mudou. Minha criatividade acabou.

O àpíce chegou quando a crise brasileira me atingiu em cheio. Com dívidas contraídas devido às chantagens, à mudança de renda. Coloquei então meu carro a venda, mas para pagar as dívidas, não o chantagista.

Ele começou a me ligar todos os dias, várias vezes ao dia, mensagens via whatsapp, sem parar e constantes. Tinha dias que “parecia bonzinho” e “querer me ajudar”, pediu meu carro para tentar vender. Aceitei, mas o carro já estava com bloqueio no banco por causa das dívidas e não tinha como vender, ele não acreditava, deixei ele ver isso.

Até que chegou um ponto, que mesmo com aquele medo terrível, me levantei de onde trabalhava e fui para a loja da minha mãe, junto com meu irmão e contei tudo o que estava acontecendo. Tremendo de medo, assustado.

Meu irmão achava que era drogas. Minha mãe disse que sempre sabia, desde cedo. (Poxa, seu eu soubesse!).

Baixei um aplicativo para gravar conversas, gravei as ameaças, tinha as ameaças dos chat do whatsapp. Chamei o meu amigo mais chato, que já sabia de mim e que não gostava que eu contasse nada para ele (um daqueles lá do começo dessa história) e contei tudo na bucha pra ele, uma vez que é advogado.

E, enfim, com a ajuda dele fomos a delegacia, fizemos a deúncia (sem a ajuda e impulso dele não teria conseguido). A orientação da polícia era não atender mais. Nem responder.

Certo dia, ele aparece aqui em casa (ainda não tinha sido intimado pela polícia) avisando que se eu denunciasse ele eu iria sofrer as consequências, mostrou uma arma, novamente. Por sorte, apertei o botão de áudio do Whatsapp para este meu amigo que me ajudou e gravei quase tudo, quando viu que estava gravando ele bateu em minha mão e derrubou o celular, o áudio foi direto ao meu amigo, que veio para cá com a polícia, mas infelizmente o sujeito já havia ido embora.

Meu carro? Sumiu. A polícia? Ajudou, mas não fizeram nada com o sujeito. Nem sobre meu carro.

Hoje, faz 1 ano ou mais que estou livre do chantagista, mas até hoje sinto traumas dos 4 anos de chantagem.

Detalhe. Estava me preparando para contar para minha família, mas queria testar meus amigos, contando primeiro a eles (não do chantagista, mas de minha sexualidade) de início reagiram aparentemente bem. Hoje em dia, tenho vontade nem de sair de casa, para não ver coisas que talvez sejam da minha cabeça ou talvez sejam reais. E de ser lembrado de minha sexualidade, quando nem mesmo eu estou lembrando dela e outras coisas chatas e desagradáveis.

Este meu amigo advogado, amigo de infância, o qual achava que não era mais meu amigo, me ajudou mais que minha família.

Cheguei a ir a um psicólogo, depois disto tudo, mas ele tratou apenas da sexualidade, da liberdade de ser livre, da liberdade de ter contado, etc. Hoje, vendo algumas reações, preferia não ter contato nada aos amigos pra falar a verdade. Não há liberdade alguma. A não ser com pessoas com desejos sexuais iguais. Ainda bem que ele era contratado da prefeitura e acabaram as sessões, que achava que ele ficava era é excitado.

Durante este período da chantagem, o medo era tamanho que os pensamentos mais recorrentes eram: suicídio, mudar de país mas ai teriam minha família a merce deste bandido, de mandar bater, mandar matar, como matar, como morrer, que se contasse só coisas ruins aconteceriam, que não teria saída, que nunca acabaria mesmo contando. Vários pensamentos, a maioria negativa.

Como estou hoje, depois disto tudo? O fato do sujeito ter sumido, é um alívio. Esta “liberdade” que o psicólogo disse, é uma liberdade falsa, que só existe entre pessoas com os mesmos desejos. Mas por questões óbvias: outros grupos, outros interesses. Igual um sujeito que só pensa em sexo (independente da preferencia sexual) ficar em todo tipo de ambiente mostrando suas taras e desejos, em todo tipo de grupo, é desagradável, e isso sempre soube. Só não precisam me lembrar quando nem eu estou lembrando, ou forçar a falar quando não quero falar, porque não é de interesse deles.


Minha mãe, uma senhora de 70 anos, aceita desde que não me assuma, que continue escondido como sempre fiz. Vive falando mal de gays e lésbicas, só olho e fico calado. Diz que não sou mais feliz como era antigamente (antigamente mesmo, antes do chantagista). Mas como posso ser feliz após este trauma, estar sem dinheiro, sem meu carro, com pessoas agindo diferente agora que me assumi mesmo não mudando nada, e em uma sociedade empresarial (será próximo tema) que não me satisfaz nem um pouco e que me fazem pensar: será que gosto ainda de programar (sim, sou um programador)?